Síndrome
de Spoan :
Uma
doença misteriosa atinge, há cerca de 200 anos, os moradores de Serrinha dos
Pintos, no sertão do Rio Grande do Norte. Alguns bebês nascem com os
"olhos tremidos" não conseguem fixar o olhar em um ponto. Por volta
dos sete anos, essas crianças começam a perder o movimento das pernas. Na
adolescência, a paralisia chega aos braços.
Tudo começou, segundo dizem na região, com o
velho Maximiniano, que chegara a Serrinha para casar com a filha de Pedro
Queiroz: dona Antônia. Mulherengo, contraíra sífilis. Não bastasse isso, assim
que se viu viúvo, casou com uma sobrinha de Antônia. Desde então, a tal sífilis
se instalara no sangue da família, que cresceu e virou uma cidade onde todos
são, em maior ou menor grau, parentes.
Recém-descoberta por pesquisadores do Centro
de Estudos do Genoma Humano e do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de
São Paulo), a doença ganhou um nome científico: Spoan -sigla em inglês que
significa paralisia rígida, atrofia ótica e morte do tecido nervoso periférico.
A síndrome
ainda não tem cura. Encarregada de encontrar o local exato do gene, a bióloga
Lúcia Inês Macedo Souza afirma que ainda é preciso descobrir de que modo essa
alteração genética leva à morte do nervo motor, que, por sua vez, gera a
paralisia. O estudo é financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo).
A síndrome é determinada por um alelo autossómico recessivo. Sendo uma
doença de origem genética, considera-se que as chances de ela ocorrer é
favorecida através de descendentes de casais consanguíneos.
No jargão da biologia molecular, a Spoan se classifica entre as doenças
de
herança autossômica recessiva. Homens e mulheres têm a mesma probabilidade de apresentar a patologia, a despeito de o número de casos conhecidos em Serrinha, ser maior entre o sexo feminino. Uma pessoa só vai desenvolver Spoan se as duas cópias do ainda desconhecido gene associado à síndrome, uma vinda do pai e outra da mãe, carregarem a mutação que leva ao problema de saúde. Portanto, os pais de um doente com Spoan são necessariamente heterozigotos. São portadores da mutação em apenas uma das duas cópias do gene, nunca nas duas, e não manifestam a síndrome.
herança autossômica recessiva. Homens e mulheres têm a mesma probabilidade de apresentar a patologia, a despeito de o número de casos conhecidos em Serrinha, ser maior entre o sexo feminino. Uma pessoa só vai desenvolver Spoan se as duas cópias do ainda desconhecido gene associado à síndrome, uma vinda do pai e outra da mãe, carregarem a mutação que leva ao problema de saúde. Portanto, os pais de um doente com Spoan são necessariamente heterozigotos. São portadores da mutação em apenas uma das duas cópias do gene, nunca nas duas, e não manifestam a síndrome.
Síndrome de Edwards:
A síndrome de Edwards, também conhecida como trissomia 18, é uma síndrome genética causada por uma
trissomia do cromossomo 18.
Foi descrita
primeiramente em 1960, por John H. Edwards, em recém-nascidos que apresentavam
malformações congênitas múltiplas e retardamento mental. Esta foi a segunda
síndrome revelada no homem, sendo que a primeira foi a síndrome de Down ou trissomia 21.
Cariótipo:
Acomete 1 em cada 8.000 nascidos, sendo o sexo feminino mais comumente
afetado. Entretanto, acredita-se que 95% dos casos dessa síndrome resultem em
aborto espontâneo durante a gestação. A expectativa de vida para um portador da
síndrome de Edwards é baixa; todavia, já foram descritos casos de adolescentes
com 15 anos de idade portadores da afecção.
A maior parte dos pacientes portadores dessa síndrome apresenta
trissomia regular sem mosaicismo, ou seja, cariótipo47, XX ou XY, +18. Dentre os
restantes, aproximadamente metade é formada por casos de mosaicismo e outra
parcela por problemas mais complexos, como aneuploidias duplas, translocações.
Destes, cerca de 80% dos casos são resultantes de uma translocação abrangendo
todo ou quase todo o cromossomo 18, sendo que este pode ser recebido ou
adquirido novamente a partir de um progenitor transportador.
Os portadores apresentam retardamento físico e mental, defeitos
cardíacos. O crânio é muito alongado na região occipital. O pescoço é curto. O
pavilhão das orelhas é dismórfico, com poucos sulcos. A boca é pequena e
triangular. Grande distância intermamilar. Os genitais externos são anômalos. O
dedo indicador é maior do que os outros e flexionado sobre o dedo médio. Os pés
têm as plantas arqueadas. As unhas costumam ser hipoplásticas e atrofiadas.
A morte ocorre em geral antes da primeira infância, aos 3 ou 4
meses de idade, mas pode ser protelada há quase 2 anos.
Síndrome
de Patau:
A síndrome de Patau é uma anomalia cromossômica resultante da trissomia do cromossomo 13. foi descrita primeiramente por Klaus Patau, no ano de 1960.
Este, por sua vez, observou casos de malformações múltiplas em neonato, que
apresentavam trissomia do cromossomo 13.
Esta síndrome também recebe o nome de síndrome Bartholin-Patau,
uma vez que Thomas Bartholin, um dinamarquês, descreveu anteriormente à Patau,
no ano de 1956, o quadro clínico de crianças que apresentavam tal deficiência. normalmente,
os seres humanos apresentam 23 pares de cromossomos, ou seja, são 46
cromossomos repartidos em 23 pares de 2 cromossomos. A trissomia ocorre quando
um indivíduo apresenta 3 cromossomos no grupo 13.
Esta anomalia origina-se no gameta feminino (óvulo) e estudos revelam
que entre 40 a 60% das crianças que apresentam esta síndrome são proles de mães
com idade superior a 35 anos. A não disjunção dos cromossomos durante o
processo de anáfase 1 da meiose, origina gametas com 24 cromátides, ou seja, o gameta
apresenta um par de cromossomos 13 que, em conjunto com o cromossomo 13 do espermatozóide,
resulta em um embrião com trissomia.
Os portadores da trissomia 13 apresentam graves malformações do sistema
nervoso central, como, por exemplo, arrinencefalia; baixo peso ao nascimento;
defeitos na formação dos olhos ou ausência dos mesmos; problemas auditivos;
anormalidades no controle da respiração; fenda palatina e/ou lábio leporino; rins
policísticos; malformação das mãos. Defeitos cardíacos congênitos também estão
comumente presente nesta síndrome, bem como defeitos urogenitais que englobam
criptorquidia nos meninos, útero bicornado e ovários hipoplásicos nas meninas.
Tanto nas mãos quanto nos pés pode haver polidactilia.
Hoje em dia, já estão disponíveis diferentes exames capazes de
identificar com detalhes os cromossomos afetados e seus segmentos,
alcançando-se um diagnóstico preciso da síndrome antes mesmo do nascimento.
Após detectada a trissomia, é necessária a realização de alguns exames
complementares para confirmação do diagnóstico.
assista o vídeo abaixo :
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